Tabagismo

Tabagismo

Calcula-se que aproximadamente um terço dos indivíduos adultos do mundo sejam fumantes. No Brasil, os dados disponíveis indicam que 40% dos homens adultos e 25% das mulheres adultas fumam, sendo a situação mais grave nos estados do Sul, em Porto Alegre, por exemplo, 52% dos homens adultos são fumantes.
O tabagismo constitui nos dias de hoje o principal fator causal evitável envolvido com o desenvolvimento de doenças e mortalidade. Admite-se que anualmente 20% das mortes do mundo desenvolvido são devido ao tabaco.

Efeitos do tabagismo sobre a saúde:

A mortalidade dos fumantes gira entre 1 e 3 vezes maior do que a dos não fumantes, dependendo da faixa etária avaliada. O excesso de mortalidade é tanto maior quanto mais cedo se começa a fumar. Os maiores riscos relativos de óbito são observados nas faixas etárias de 35 a 44 anos e 45 a 54 anos. Quanto maior o número de cigarros consumido diariamente maior o risco de mortalidade.
Fumar cigarros possui um maior risco que consumir charutos ou cachimbos. Tragadas profundas levam a uma elevada absorção de produtos tóxicos e também são causas de um maior número de óbitos.
O fumo pode causa doenças por uma infinidade de mecanismos. A fumaça do cigarro contêm mais de quatro mil componentes químicos. Algumas substâncias tóxicas estão presentes na própria folha do tabaco, outras são geradas durante o processamento do produto e a maioria no momento da combustão dos cigarros.
A fumaça dos cigarros contém compostos com capacidade de ligação a proteínas e lipídios, além disto, outros elementos podem alterar o DNA levando a mutações e alterações da expressão genética.

As condições patológicas que já foram associadas ao tabagismo são múltiplas, porém os efeitos negativos mais importantes são:

Distúrbios Cardiovasculares: aterosclerose (insuficiência coronariana, doença vascular periférica, aneurismas de aorta, obstrução carotídea, etc), espasmo coronareano e arritmias;

Doenças Neoplásicas: câncer de traquéia, pulmão, brônquios, faringe, cavidade oral, esôfago e bexiga. O tabaco também é um importante fator contribuinte para tumores renais e do trato urinário, colo de útero, mama, pâncreas e estômago;

Doenças Respiratórias: bronquite crônica e enfizema (DPOC), bronquiolite respiratória, fribose pulmonar idiopática e apnéia do sono;

Doenças digestivas: úlcera péptica, refluxo gastroesofágico, pancreatite crônica, adenomas do cólon;

Dermatológicas: rugas e envelhecimento precoce, psoríase;

Reprodutivas: insuficiência ovariana, menopausa precoce, abortos espontâneos, prematuridade, baixo peso fetal, convulsões febris do recém nascido;

Outras: osteoporose, periodontite, aumento da pressão arterial, perda do paladar, perda da olfação, secreção hormonal alterada.

Enfim, esforços devem ser feitos pelos profissionais da saúde e pela sociedade para que os efeitos nocivos do fumo sejam amplamente difundidos, diminuindo a incidência de tabagistas entre os jovens, pois estatísticas mostram que é nessa fase que a grande maioria se inicia no vício.